Desde Agosto de 2012, temos acompanhado na mídia matérias sobre a vulnerabilidade identificada na versão de um interpretador Java para navegadores. Naquela ocasião fiz um resumo da situação para alertar os usuários de navegadores com plugin Java de como se prevenir de ataques de malwares exploradores da tal vulnerabilidade.
Após aquelas matérias iniciais bem produzidas sobre uma pesquisa corretamente coordenada, veio uma onda de sensacionalistas intitulando suas matérias com palavras como "A morte do Java" ou "O fim do Java". Veja um exemplo neste link para o artigo do IT Web.
O direito de imprensa deve ser defendido, mas profissionais mal formados e ambiciosos utilizam deste direito para o ganho de evidência e audiência a partir de calúnias de pessoas, empresas, organizações, tecnologias e qualquer outra coisa que possa ser alvo de suas ambições. Neste caso estes papagaios do mal deviam se dar conta da existência de um dever de imprensa.
O fim do Java não passa de uma especulação oportunista por causa da ameaça esclarecida em Agosto de 2012.
Quero esclarecer, tanto as matérias caluniosas quanto aqueles que detonam o Java fazem isso sem base
alguma ou são atrasados mentais que acham que o mundo é Microsoft, nada contra a Microsoft. O
Java não é apenas um plugin para navegadores, pois é mais do que isso.
Um leigo ou um usuário enfurecido por se sentir ameaçado pela vulnerabilidade
de um plugin naturalmente pode ter uma reação contra o Java e até é
compreensível tal reação. Os retardados mentais que acham que uma plataforma paga traz
automaticamente segurança acabam tentando justificar seu conforto psicológico infundado
com matérias como as últimas de cunho sensacionalista.
O que não pode é um blogueiro ou jornalista atacar o Java por conta de uma
vulnerabilidade de um plugin para habilitar Java em navegadores. Lembro que
durante a trajetória do Windows NT muitas brechas foram descobertas na
segurança e expunham os seus usuários em potencial muito maior do que o
problema no plugin para navegadores executarem Java a partir de sites com applets. O próprio Internet Explorer teve problemas tão grave quanto o plugin
do Java para navegadores.
Não sou favorável ter Java executando em navegadores porque isso realmente
sempre esteve sobre risco em seus muitos anos de existência. Esteve sobre risco
não porque o plugin é falho, mas porque é uma forma de habilitar acesso maior ao
computador do usuário como o acesso a seu sistema de arquivos por exemplo.
Mas isso não é problema, cada um decide se habilita ou não o plugin do Java em seus navegadores. As empresas
por sua vez, devem em grande parte ter maior responsabilidade para saberem
sobre as tecnologias que podem ameaçar seus sistemas e informações antes de agirem
de maneira generalizada e indiscriminada por causa da sugestão errada de
matérias tendenciosas ou generalistas.
A ameaça divulgada em Agosto de 2012 também não ocorre em qualquer cenário, ela depende muito de um
computador desprotegido, de um usuário leigo o suficiente para não conseguir
avaliar a confiabilidade de seus sites acessados e ainda estes sites terem em
seus scripts aplicações Java (Java Applet). Ou seja, esta probabilidade é pequena e pode ser
resolvida apenas desabilitando o plugin Java do navegador até a Oracle
oficializar uma versão corretiva. Estamos o tempo todo sujeitos a ataques em nossos modens de banda larga, smartphones, sistemas operacionais, navegadores, aplicações com interação em rede, contas de email, conta em página social etc. Apesar de existir uma segurança amadurecida em todos estes itens, o ataque ainda é possível por causa de falhas humanas normalmente por parte do usuário desprevenido.
O Java utilizado pelas
empresas é isolado em servidores por equipes normalmente altamente competentes em
infraestruturas seguras contra ataques, tenho conferido isso em muitas das empresas para quais prestei serviços.
O conjunto de serviços Java realmente relevante não é um plugin opcional para execução de aplicações Java em navegadores, Java Applet.
Contudo, não há qualquer motivo para duvidar da segurança, integridade e capacidade do Java.
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sábado, 2 de fevereiro de 2013
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Java - Os rumos desta linguagem
Hoje vamos falar de algo mais descontraído, vamos refletir um pouco sobre os
novos rumos da linguagem Java sem pretensão de ser dono da razão ou de ser imparcial,
mas expor honestamente a percepção das ocorrências mais concretas definidoras
dos rumos atuais desta linguagem "amada demais" e
"cornetada" pelos efeitos colaterais de sua grandiosidade.
A finalidade é perceber o cenário atual, acertos, erros e colaborações necessárias para a continuidade desta história.
Vamos nessa.
Como a maioria dos programadores da linguagem Java já sabe, ela foi feita para atender a máxima "faça uma vez, execute em qualquer lugar".
Desde sua concepção, implantação, popularização e amadurecimento, o Java fez jus a sua máxima no que diz respeito a servidores, estações de trabalhos e computadores aplicados dotados de Linux. O Java se desenvolveu nos campos do JSE (Java Standard Edition) e JEE (Java Enterprise Edition).
Também deixou muito a desejar na sua proposta JME (Java Micro Edition) segregada conforme as limitações do hardware em CLDC e MIDP/CDC, o que exigia técnicas e precauções diferentes para complicar ainda mais o trabalho com JME até sua segunda versão. Hoje, o JME propõe maior integração e simplificação em sua terceira geração, mas convenhamos, o Android já chegou e será preciso um esforço extra para o JME 3.0 emplacar.
Prefiro focar no quadro geral e afirmar: apesar da Sun não ter tido sucesso em simplificar o JME e até mesmo não ter perfil para tê-lo difundido nos atuais smartphones, precisamos reconhecer o grande sucesso do Java nas plataformas empresariais o que não é pouco. Muitos criticam por achar que plataforma empresarial se limita a empresas, mas sem a "ortodoxia", plataforma empresarial é basicamente a ciência tecnológica a serviço das demandas de uma sociedade econômica de extrema exigência. Significa que o Java esteve até agora presente em muitos ciclos econômicos auxiliando uma Era da Informação por sua capacidade de integração transparente sobre modernos sistemas distribuídos.
O Java se consolidou e talvez parte de seus defensores e militantes estejam pensando no fim de um episódio de mais uma linguagem de programação. Todavia, o Java da Sun Microsystems não será mais o mesmo desde ter ficado órfão depois da saída de seu pai, James Gosling, da Sun. Isso está longe de ser uma intenção de provocar nostalgia nos defensores do Java, porque o Java se expandiu para uma JVM múlti linguagem em sua versão 7 e ainda expandiu para o Android quando a Google se inclinou a sua praticidade. Agora o Java não é mais encabrestado pela Sun e uma concorrência saudável já foi iniciada.
Esta alteração nas fronteiras Java não é obra do acaso, talvez seja obra de competição entre empresas, mas está marcada por um novo estágio da Era da Informação compreendido pelo domínio público do conhecimento promovido pelas redes sociais digitais e ainda pelo paradigma da Computação nas Nuvens.
As empresas Google e Oracle deixam seus interesses e posições bastante claros neste novo cenário e vão produzir um Java cada vez melhor.
Fontes:
http://www.infoq.com/br/articles/invokedynamic
https://blogs.oracle.com/jrose/resource/pres/201107-JDK7.pdf
http://www.slideshare.net/amsterdatech/linguagens-dinamicas-na-jvm
http://www.amsterdaintelligence.blogspot.com.br/2010/03/mundo-das-linguagens-o-futuro-da.html
http://docs.oracle.com/javase/7/docs/technotes/guides/vm/multiple-language-support.html
http://www.tiobe.com/index.php/content/paperinfo/tpci/index.html
A finalidade é perceber o cenário atual, acertos, erros e colaborações necessárias para a continuidade desta história.
Vamos nessa.
Como a maioria dos programadores da linguagem Java já sabe, ela foi feita para atender a máxima "faça uma vez, execute em qualquer lugar".
Desde sua concepção, implantação, popularização e amadurecimento, o Java fez jus a sua máxima no que diz respeito a servidores, estações de trabalhos e computadores aplicados dotados de Linux. O Java se desenvolveu nos campos do JSE (Java Standard Edition) e JEE (Java Enterprise Edition).
Também deixou muito a desejar na sua proposta JME (Java Micro Edition) segregada conforme as limitações do hardware em CLDC e MIDP/CDC, o que exigia técnicas e precauções diferentes para complicar ainda mais o trabalho com JME até sua segunda versão. Hoje, o JME propõe maior integração e simplificação em sua terceira geração, mas convenhamos, o Android já chegou e será preciso um esforço extra para o JME 3.0 emplacar.
Prefiro focar no quadro geral e afirmar: apesar da Sun não ter tido sucesso em simplificar o JME e até mesmo não ter perfil para tê-lo difundido nos atuais smartphones, precisamos reconhecer o grande sucesso do Java nas plataformas empresariais o que não é pouco. Muitos criticam por achar que plataforma empresarial se limita a empresas, mas sem a "ortodoxia", plataforma empresarial é basicamente a ciência tecnológica a serviço das demandas de uma sociedade econômica de extrema exigência. Significa que o Java esteve até agora presente em muitos ciclos econômicos auxiliando uma Era da Informação por sua capacidade de integração transparente sobre modernos sistemas distribuídos.
O Java se consolidou e talvez parte de seus defensores e militantes estejam pensando no fim de um episódio de mais uma linguagem de programação. Todavia, o Java da Sun Microsystems não será mais o mesmo desde ter ficado órfão depois da saída de seu pai, James Gosling, da Sun. Isso está longe de ser uma intenção de provocar nostalgia nos defensores do Java, porque o Java se expandiu para uma JVM múlti linguagem em sua versão 7 e ainda expandiu para o Android quando a Google se inclinou a sua praticidade. Agora o Java não é mais encabrestado pela Sun e uma concorrência saudável já foi iniciada.
Esta alteração nas fronteiras Java não é obra do acaso, talvez seja obra de competição entre empresas, mas está marcada por um novo estágio da Era da Informação compreendido pelo domínio público do conhecimento promovido pelas redes sociais digitais e ainda pelo paradigma da Computação nas Nuvens.
As empresas Google e Oracle deixam seus interesses e posições bastante claros neste novo cenário e vão produzir um Java cada vez melhor.
Fontes:
http://www.infoq.com/br/articles/invokedynamic
https://blogs.oracle.com/jrose/resource/pres/201107-JDK7.pdf
http://www.slideshare.net/amsterdatech/linguagens-dinamicas-na-jvm
http://www.amsterdaintelligence.blogspot.com.br/2010/03/mundo-das-linguagens-o-futuro-da.html
http://docs.oracle.com/javase/7/docs/technotes/guides/vm/multiple-language-support.html
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